quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os Dias Depois do Day After

A vida fora do convento era algo que eu nem sonhava que existia. Eu e Lucineuda estávamos aproveitando tudo.
Angélica foi legal ao me dar alguns dólares, realmente eles foram muito úteis. Eu e Lucineuda resolvemos sair daquela cidadezinha do interior e mudamos para Brasilia.
Gentem, que cidade linda! Era tudo tão enorme que eu me sentia uma baleia no meio do oceano.
Fomos morar em uma pensão no Plano Piloto. Me falaram que lá que morava as pessoas ricas da cidade, e gente rica não gosta de fazer faxina, vi ali uma boa oportunidade de emprego.
Passávamos o dia indo e vindo a pé pela W3 Sul, adorava ver aquelas lojas grandes e chiques. Meu sonho era ter muito dinheiro para poder gastar na Bi-Ba-Bô, na Fofi e na Casa Nordeste. E esse sonho eu iria realizar.
Em uma dessas andanças conheci a mulher de um General que me deu uma chance de trabalho, era tudo que eu precisava. Foi nessa época que eu e Lucineuda nos afastamos.
Comecei a trabalhar na casa desse povo, só que eu achava tão estranho ela não falar com o marido, bem devia ser normal esse tipo de coisa. Rico gosta muito de inventar.
A casa deles era esquisita, uma coisa enorme e branca com uns arcos doidos e cheia de vidro. Eu limpava aqueles vidros todos os dias somente para agradar Dona Dulce que era uma pessoa super pétala. Tão boazinha aquela senhora, nunca me esqueci dela.

Tinha uma piscina tão linda em frente a casa e eu adorava nadar despida nela quando era dia de lua cheia. Adorava saber que a lua refletia em minhas nádegas firmes e carnudas.
Já o marido de Dona Dulce era meio estranho. Ao invés de criar cachorro e gato que nem todo mundo, ele criava cavalos. Vai ver ele era dono de um companhia de carroça na cidade.
Quase não via Seu João pela casa, ele gostava muito de ficar numa granja meio afastada da cidade. Para mim ele era um desses safados enganadores de esposa. Falava que ficava na granja pra cuidar dos cavalos, mas que eu saiba em granja se cria galinha! Sei muito bem as éguas que freqüentavam o estábulo dele...
Certo dia Seu João apareceu em casa. Dona Dulce havia saído e estava somente eu lá. Ele começou a puxar papo. Conversa vai, conversa vem percebi de relance que Seu João estava interessado em meu corpo. Eu, somente para provocá-lo, deixava sempre cair alguma coisa perto dele para me abaixar majestosa e pegar. Nesse dia descobri como são bons os joguinhos de sedução.
O velho babava como se estivesse tendo um ataque epilético e isso me deixava bastante excitada. Resolvi apelar de vez e derrubei uma coisa que nem me lembro mais o que era e me abaixei com vontade. Seu João só não viu meu útero se não quis. Mas limitou-se somente a dizer:
- Muito bonita sua calcinha preta Dorete.
Olhei fundo nos olhos dele, passei a língua nos lábios e respondi:
- Eu não uso calcinha, John!


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